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Queimadas em florestas quase dobram e atingem pico da era Bolsonaro em 2022
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As queimadas em área de floresta atingiram o pico do governo Jair Bolsonaro em 2022 e destruíram 2,8 milhões de hectares, segundo dados divulgados hoje do Monitor do Fogo do MapBiomas. O número é 93% maior em relação a 2021.
Do total, 85% dessas queimadas ocorreram na Amazônia, bioma mais afetado pelo fogo. Como o projeto —que usa mapeamento de satélites para chegar aos números— só começou em 2019, não há dados de períodos anteriores.
Segundo os dados do MapBiomas, quase 70% das queimadas do ano passado ocorreram entre os meses de agosto e outubro. "Em dezembro, onde não se espera muito fogo, a Amazônia queimou 50% a mais do que em 2021 só nesse mês", diz o relatório.
Em 2022, o fogo atingiu prioritariamente vegetação nativa, que respondeu por 70% de tudo que foi queimado no ano passado; a maioria, em formações savânicas e campestres."
MapBiomas
Se contadas as queimadas em todas as áreas, o país perdeu em todos os seus biomas 16,3 milhões de hectares entre janeiro e dezembro de 2022. A área equivale ao estado do Acre e representa um crescimento de 14% em relação a 2021.
Área queimada total por ano:
2019 - 17,7 milhões de hectares
2020 - 18 milhões de hectares
2021 - 14,2 milhões de hectares
2022 - 16,3 milhões de hectares
Entre os estados, o que mais teve queimadas foi Mato Grosso, com 820 mil hectares destruídos pelo fogo, seguido por Pará (761 mil) e Amazonas (364 mil).
Os dados completos por estado e bioma podem ser conferidos na plataforma "Monitor do Fogo".
Um dado que chamou a atenção dos técnicos é que em dezembro, último mês do governo Bolsonaro, houve um salto de 90% na área queimada em relação ao mesmo mês de 2021:
2022 - 332 mil hectares
2021 - 175 mil hectares
Desse total, 71% do fogo ocorreu na Amazônia, o que aponta uma alta em relação a novembro de 2022 de 101%.
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