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TSE diz que propostas de militares estavam previstas antes mesmo de pedido
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Propostas feitas pelas Forças Armadas ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com o objetivo de aprimorar o sistema eleitoral já seriam colocadas em prática pela Corte de qualquer forma. Segundo fontes do tribunal, algumas delas estavam previstas antes mesmo de os militares apresentarem as sugestões.
É o caso da publicação de arquivos com dados dos boletins de urna, com os votos registrados e contabilizados em cada equipamento. Esses dados serão divulgados na íntegra na internet, de forma acessível a qualquer pessoa, assim que a votação terminar. Com os dados publicados, é possível viabilizar a recontagem os votos - um pleito dos militares e de outros setores da sociedade.
Os militares também pediram ao TSE que a urna modelo 2020, que será usada pela primeira vez em outubro, fosse submetida a um teste específico. O equipamento está sob a análise de técnicos da USP (Universidade de São Paulo). O procedimento começou em julho e deve terminar ainda neste mês. Esse teste já estava previsto para ser realizado antes mesmo de o pedido das Forças Armadas chegar ao tribunal.
Para fontes do TSE, a intenção dos militares é incorporar o discurso de que o tribunal resolveu atender aos pedidos deles, como tática de fortalecimento na queda de braço que se instalou entre as duas instituições. O episódio mais recente que reforçou o atrito foi quando o presidente do tribunal, Edson Fachin, afastou do grupo de fiscalização das eleições um coronel que divulgou notícias falsas sobre as urnas eletrônicas.
Fachin tem dito a pessoas próximas que a prioridade é ouvir a Comissão de Transparências das Eleições, instalada no tribunal, e não o pleito de grupos específicos - e isso inclui as Forças Armadas. Os militares integram a comissão e, ainda assim, têm apresentado pedidos para aprimorar o sistema eleitoral de forma separada.
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