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Apoio do PT e critério técnico: Lula inicia hoje nomeações para Judiciário
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As primeiras nomeações de Luiz Inácio Lula da Silva para o Judiciário trazem dicas de quais critérios serão prioridade para o presidente no preenchimento de vagas abertas nos tribunais de todo o país. O Diário Oficial da União desta segunda-feira (27) estampa três nomeações - a principal delas, para uma cadeira do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de São Paulo.
Por ser o maior colégio eleitoral do país, as vagas do TRE-SP são alvo de disputa política ferrenha. Dos três candidatos, Lula escolheu a advogada Danyelle Galvão para uma vaga de juíza substituta. Pesaram na nomeação o critério técnico e o apoio de setores políticos próximos do presidente - entre eles, a bancada do PT no Congresso Nacional.
Danyelle Galvão concorria com o ex-procurador-geral do município de São Paulo Ricardo Ferrari e o advogado criminalista Ricardo Toledo. Embora disputasse com dois homens, o critério de gênero não foi levado em consideração, segundo interlocutores do presidente.
A advogada é especialistas em crimes e processo eleitoral. Dá aula sobre o tema há oito anos na Academia Brasileira de Direito Constitucional (ABDConst), em Curitiba, e há dois anos no IDP (Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa), em Brasília.
Somado ao currículo, a advogada teve o apoio de três conselheiros de Lula para assuntos jurídicos: o advogado-geral da União, Jorge Messias; o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha; e o secretário nacional de Justiça, Augusto de Arruda Botelho. A advogada também tinha uma carta de recomendação escrita pela ex-presidente Dilma Rousseff a Lula.
Os outros dois concorrentes também tiveram apoios cobiçados, mas não foram suficientes. Ferrari contou com o apadrinhamento do PSB de São Paulo - entre eles, o ministro dos Portos e Aeroportos, Márcio França, e o vice-presidente, Geraldo Alckmin.
Toledo tinha a recomendação de José Roberto Batochio, de quem é sócio. Batochio foi um dos advogados contratados para defender Lula na Lava Jato e fez propaganda do colega a Lula. Não funcionou.
Caso os critérios usados para a escolha de Danyelle Galvão sejam replicados para outras vagas do Judiciário, a receita do sucesso para candidatos é ganhar a confiança dos conselheiros de Lula, ter um bom trânsito político - e, claro, apresentar um currículo consistente.
As outras duas nomeações publicadas hoje no Diário Oficial são para juízes do TRE de Goiás e do TRF (Tribunal Regional Federal) da 3ª Região.
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