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Carolina Brígido

REPORTAGEM

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Alexandre de Moraes assume a frente na escolha do próximo ministro do TSE

Plenário do TSE -
Plenário do TSE

Colunista do UOL

20/04/2023 04h00

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O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Alexandre de Moraes, assumiu a frente no processo de escolha do próximo ministro da corte. O cargo adquiriu importância ainda maior diante da proximidade do julgamento de ações que pedem a inelegibilidade do presidente Jair Bolsonaro por supostos crimes cometidos durante o processo eleitoral de 2022.

O TSE tem sete ministros: três do STF, dois do STJ (Superior Tribunal de Justiça) e dois advogados. O mandato de um dos advogados, Sérgio Banhos, termina em 17 de maio. Pela regra, o STF (Supremo Tribunal Federal) recebe do TSE sugestões de nomes para ocupar a vaga e, em seguida, vota uma lista tríplice. Essa lista é enviada ao presidente da República, que escolhe um dos nomes.

Moraes tem comandado a seleção dos nomes a serem enviados ao STF. Fontes do TSE afirmam que outros ministros da corte eleitoral não foram consultados sobre o assunto por enquanto. Até agora, entre os favoritos para a vaga estão Floriano de Azevedo Marques Neto e Fabricio Medeiros, ambos experientes em Direito Eleitoral.

Floriano Marques Neto tem sido apontado como o mais cotado para a vaga. Ele fez faculdade de Direito na USP (Universidade de São Paulo) na mesma turma de Moraes. Hoje, ambos dão aula na mesma instituição e mantém vínculo de proximidade.

Também têm sido mencionadas para a vaga as advogadas Marilda Silveira e Gabriela Araújo. Marilda é professora do IDP (Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa) e hoje atua como assessora especial do ministro da Justiça, Flávio Dino. Gabriela é do grupo Prerrogativas, que apoiou a candidatura de Lula no ano passado.

No TSE, a expectativa é que Moraes paute ações contra Bolsonaro para julgamento depois da nomeação do novo ministro. Dessa forma, haveria mais um voto contabilizado para a condenação do ex-presidente.