Ex-líder do PSL, Delegado Waldir quer Sergio Moro candidato em 2022
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O confronto que vem travando contra o presidente Jair Bolsonaro, seus filhos e apoiadores levou o deputado Delegado Waldir (PSL-GO), recentemente deposto da liderança do partido governista, a antecipar qual candidato apoiará na próxima eleição presidencial. "Sou Sergio Moro 2022, vou anunciar nas minhas redes sociais", diz ele.
A afirmação, feita ontem pelo ministro da Justiça, de que não pretende concorrer e que vai escrever no túmulo a frase "não fui candidato" não é o suficiente para fazer Waldir desistir da ideia. "O bichinho da eleição vai morder ele", acredita.
Segundo o deputado, foi justamente o afastamento do combate à corrupção, que é a principal bandeira de Moro, que o levou a criticar o governo. "Somos favoráveis à CPI da Lava Toga, pela autonomia da Receita Federal, votamos por Coaf com Moro, pelo fortalecimento da Receita Federal. Agora o governo que eu elegi está se desviando do combate à corrupção", acusa o ex-líder do PSL. "Bolsonaro se aliou ao Toffoli para livrar a cara do filho. Se toda a imprensa está mostrando isso, não tenho como tapar o sol com a peneira, não tenho como defender o indefensável".
Ele voltou a dizer que não deve a Bolsonaro a sua eleição. "Ele é que deve pra mim, muita coisa. Tive 274 mil votos em 2014 e 274 mil votos agora. Perdi uns 200 votos, porque as mulheres não queriam votar em Bolsonaro e meu eleitorado é 70% feminino. Quem ele teria em Goiás? Ele não teria ninguém em Goiás. Eu ajudei ele, não o contrário".
Sobre a revelação de que o ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz, continua atuando na intermediação de contratação de funcionários para gabinetes de políticos, agora no Congresso, como revelou reportagem de O Globo, Waldir diz que "o cara que está acostumado com essas tretas não para". Mas ressalta que fala apenas como suposição.
"A matéria leva a essa dedução. O cara está operacionalizando ainda. Só transferiu da Assembleia para a Câmara Federal. Pelo que ele falou no áudio , conhece bem o gabinete do senador. 'Olha...o gabinete está sempre cheio. Tem um monte de deputado, de senador...tem tantos cargos...' Todo mundo dizendo que o Queiroz estava doente, mas falou dos vintinhos ele sarou rapidinho".
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