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Chico Alves

Freixo pede afastamento de promotora que posou com camisa de Bolsonaro

Á direita, a promotora Carmen Eliza Bastos de Carvalho  - Fernando Frazão/Agência Brasil
Á direita, a promotora Carmen Eliza Bastos de Carvalho Imagem: Fernando Frazão/Agência Brasil

Colunista do UOL

31/10/2019 14h42

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As fotos da promotora Carmen Eliza Bastos de Carvalho, do Ministério Público do Rio, usando camisa de campanha de Jair Bolsonaro e abraçada ao deputado estadual Rodrigo Amorim (PSL), conhecido por quebrar uma placa de rua em homenagem a Marielle Franco, pode levar a seu afastamento da investigação do assassinato da vereadora. "Diante disso, ela não tem isenção para ficar no caso", defende o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ).

As imagens foram postadas pelo editor do site The Intercept Brasil, Leandro Demori, e são do Instagram da promotora, que é fechado. "Todo promotor, por mais que tenha seu direito político válido, precisa cuidar sempre da sua imagem pública, pela natureza da função que exerce", afirma Freixo. "Diante de um caso como esse, que é um assassinato político, ela se coloca num lugar indevido. O chefe do Ministério Público do Rio tem que se pronunciar".

Carmen é uma das três promotoras que analisaram a informação dada pelo porteiro do condomínio onde mora o presidente de que um dos acusados pela morte de Marielle, Élcio Queiroz, chegou ao local no dia do crime pedindo para ir à casa de Jair Bolsonaro. O funcionário diz que "seu Jair" autorizou a entrada. Depois de ingressar no condomínio, Élcio dirigiu-se à casa do outro acusado pelo crime, Ronnie Lessa. Segundo a informação dada pelas integrantes do MP, o depoimento do porteiro não bate com a prova técnica, o registro nos computadores do condomínio. Por isso, foi descartado.

As promotoras admitiram, porém, que não analisaram se o registro digital do movimento na portaria do condomínio onde mora o presidente foi ou não adulterado.