Primeiro debate televisivo no Rio não passou de um aquecimento
Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail
Começou morna a temporada de debates entre os candidatos a prefeito do Rio. Os onze postulantes não conseguiram dar aos telespectadores da Band esclarecimentos mais detalhados sobre seus planos de governo e também foram poucos os embates acalorados ou as tiradas espirituosas. Por isso, o programa não deverá causar mudanças significativas nas próximas pesquisas de intenção de voto.
Por outro lado, quem esperava que a campanha carioca fosse, como deve ocorrer em outras capitais, uma prévia do que vai acontecer na votação para presidente, em 2022, também se frustrou. O nome do presidente Jair Bolsonaro, por exemplo, foi citado pouquíssimas vezes.
Os melhores colocados nos levantamentos pré-eleitorais, Eduardo Paes (DEM) e Marcelo Crivella (Republicanos), lançaram mão de estilos diferentes.
Atacado pela gestão à frente da Prefeitura até 2016, Paes, que tem 10 pontos de vantagem sobre o segundo colocado nas pesquisas, manteve a serenidade em quase todas as respostas. Mesmo quando foi chamado de "cria do Cabral".
Crivella, atual prefeito, fez uma defesa delirante de sua administração. Perguntado sobre as deficiências no combate à pandemia de coronavírus, disse que a área de Saúde da cidade nunca esteve tão boa e garantiu que o Rio é o "único lugar do mundo" que tem ressonância magnética nos hospitais públicos.
Teve que ouvir, em resposta, que a cidade registra taxa de mortalidade por coronavírus equivalente ao dobro da verificada em São Paulo.
Foi Crivella o único a recorrer a fake news, ao dizer que em caso de vitória da candidata Renata Souza (PSOL) ela iria implantar kit gay nas escolas e liberar as drogas. Nem mesmo foi criativo nas invencionices.
Ao responder às cobranças pela criação do grupo de "Guardiões", cuja tarefa era intimidar a imprensa, Crivella disse que Luiz Lima (PSL) estava fazendo parceria com a Rede Globo para desqualificá-lo e sugeriu que ele gritasse "Globolixo".O prefeito está inelegível por decisão do Tribunal Regional Eleitoral e pode continuar a campanha enquanto não houver julgamento de seu recurso.
Tecnicamente empatadas em terceiro lugar, Martha Rocha (PDT) e Benedita da Silva (PT) tiveram desempenho seguro, porém discreto. Entre os demais, Renata Souza e Clarissa Garotinho (PROS) mostraram desenvoltura.
O programa serviu de aquecimento eleitoral. Mas espera-se que nos próximos debates a temperatura suba bem mais.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.