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Chico Alves

Defensora critica duramente no Twitter ação de colega contra Magazine Luiza

A empresária Luiza Trajano, dona da rede Magazine Luiza, durante entrevista ao Roda Viva (TV Cultura) - Reprodução/TV Cultura
A empresária Luiza Trajano, dona da rede Magazine Luiza, durante entrevista ao Roda Viva (TV Cultura) Imagem: Reprodução/TV Cultura

Colunista do UOL

06/10/2020 17h18

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Responsável pela ação civil pública movida contra o Magazine Luiza por criar um programa de trainees exclusivo para negros, o defensor público federal Jovino Bento Júnior foi criticado abertamente pelos colegas. Jovino classificou a medida como "marketing de lacração" e pede que a rede de lojas seja condenada a pagar R$ 10 milhões como indenização por danos morais coletivos por praticar "discriminação por motivos de raça ou cor, inviabilizando o acesso ao mercado de trabalho".

O Grupo de Trabalho de Políticas Etnorraciais (GTPE) da Defensoria Pública da União divulgou hoje nota com críticas duras à ação proposta contra a Magazine Luiza. Mas a reação não parou por aí.

Em sua conta no Twitter, a coordenadora do grupo, defensora Rita Cristina de Oliveira não mediu palavras para reprovar a atitude do colega. "Nenhum oportunista racista vai abalar nosso compromisso com a população negra desse país", tuitou Rita, sem citar o nome de Jovino, mas anexando a nota de repúdio que deixa claro sobre quem está falando.

Ela prossegue: "Na DPU existe uma maioria de verdadeiros defensores públicos, mas infelizmente existe também uma dúzia de oportunistas que vez por outra sai dos esgotos para ter um minuto de holofote".

Antes da nota do GTPE, o próprio defensor público-geral federal em exercício, Jair Soares Júnior, tinha divulgado nota dizendo que a independência funcional é princípio fundamental, mas destacou que a "DPU apoia e incentiva medidas do poder público e da iniciativa privada que proporcionem redução de carências e de vulnerabilidade"