Apesar do desconforto de militares do governo, Mourão não pensa em se calar
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É certo que os ministros da ala militar gostariam que Hamilton Mourão evitasse entrevistas, já que as opiniões do vice-presidente frequentemente vão no caminho oposto às do presidente Jair Bolsonaro. No entanto, isso não vai acontecer. Mourão nem de longe cogita deixar de expressar publicamente seu pensamento.
Como demonstrou na entrevista de hoje à Rádio Gaúcha, o vice-presidente se mostra tranquilo em emitir a opinião pessoal. Colaboradores próximos dizem que ele continuará assim. Tanto que nesta manhã Mourão falou à imprensa ao chegar ao Planalto, como de costume.
Auxiliares do vice-presidente chamaram atenção para um detalhe importante a ser observado nessas entrevistas diárias. Mourão sempre atende os jornalistas na entrada e na saída do Anexo do Planalto. Se tivesse a intenção de evitar a imprensa, poderia até usar outro acesso.
Quem o conhece sabe que não é da personalidade dele se deixar silenciar. Diariamente busca se informar sobre os mais diferentes assuntos, para dar seus pitacos com um mínimo de base.
Nos bastidores, comenta-se que o único que teria desenvoltura para tentar contê-lo seria o general Augusto Heleno, por ser mais velho. Mas o respeito por Mourão, acreditam, o impediria de fazer tal sugestão.
"O VPR é a segunda autoridade da República e se posiciona de acordo com o cargo que ocupa", disse um dos colaboradores do vice-presidente, identificado assim, como costumam fazer os militares, pelas três letras.
Apesar do desejo de que Mourão se cale, os outros ministros militares terão que se conformar. As declarações públicas do vice-presidente, quase sempre na contramão de Bolsonaro, vão continuar.
*Errata: A entrevista do vice-presidente Hamilton Mourão foi dada à Rádio Gaúcha e não à Rádio Guaíba, como estava escrito anteriormente.
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