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Indicação de Bia Kicis para CCJ deixa atônitos aliados de Lira e ala do PSL
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A indicação da deputada Bia Kicis (PSL-DF) para presidir a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara deixou atônitos não só os adversários, mas também os aliados de Arthur Lira (Progressistas-AL), o novo chefão da Casa. A resistência ao nome da parlamentar é enorme no entorno de Lira e muitos deputados tentam reverter a escolha.
Não são poucos os que acham que é um absurdo colocar no comando da comissão encarregada de julgar a constitucionalidade dos projetos alguém que defende torturadores, apoia atos antidemocráticos e ofende ministros do STF (Supremo Tribunal Federal). Bia Kicis também é investigada pelo STF no inquérito que apura a divulgação de fake news.
O acordo que selou a escolha da deputada para presidir a comissão envolve a indicação do presidente do PSL, o deputado pernambucano Luciano Bivar, para a primeira secretaria da Câmara.
Mesmo pesselistas, no entanto, não gostaram da indicação de Kicis. A ala que não é afinada ao bolsonarismo deve resistir.
Alguns voltaram a cogitar a expulsão da deputada. Como a indicação para a presidência da CCJ é do partido, se ela sair do PSL não poderá ocupar o cargo. Essa hipótese, porém, já foi levantada em outros momentos de discordância, não prosperou e agora seria ainda mais remota.
Integrantes de outros partidos que apoiaram a eleição de Arthur Lira também não aceitam a escolha.
A saída mais viável discutida pelos descontentes, caso a indicação de Kicis para a CCJ seja confirmada, é a rejeição do nome dela pelos integrantes da comissão, que têm que referendar a escolha.
O assunto deverá ser tratado com prioridade assim que for definida a composição da Mesa Diretora da Casa.
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