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Chico Alves

REPORTAGEM

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Representante dos estudantes quer audiência pública com ministro sobre Enem

Rozana Barroso, presidente da Ubes - Divulgação
Rozana Barroso, presidente da Ubes Imagem: Divulgação

Colunista do UOL

08/11/2021 16h01

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Os pedidos de demissão de pelo menos 29 servidores do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão responsável pela aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a 13 dias da primeira prova, causou grande preocupação nos candidatos. Essa é a impressão da presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), Rozana Barroso. Ela disse à coluna que a Comissão de Educação da Câmara deverá aprovar na próxima quarta-feira (10) audiência pública para que o ministro da Educação, Milton Ribeiro, e o presidente do Inep, Danilo Dupas, expliquem a situação.

"A Ubes pediu e recebeu a garantia dos integrantes da Comissão de que essa audiência pública será aprovada", disse a presidente da entidade. "Os sonhos da juventude brasileira estão em jogo nesse momento".

Rozana diz que os estudantes secundaristas querem esclarecimentos sobre o que está acontecendo. "Vamos procurar entender os fatos, para decidir qual será nosso encaminhamento", explica. "Com a situação atual, já se espera problemas no Enem, pela falta de responsabilidade do MEC e do Inep. Se isso ocorrer, queremos que as autoridades sejam responsabilizadas".

A presidente da Ubes reclama que todas as tentativas de diálogo com o ministério não tiveram sucesso. Ela tentou contato para discutir as dificuldades da Educação em tempo de pandemia, mas não conseguiu. Rozana atribuiu o pequeno número de inscritos no Enem (3,3 milhões de candidatos, o menor em seis anos) à falta de iniciativas do governo na crise sanitária.

A representante da entidade está entre as candidatas que pretende fazer o exame em 2021. "Esse tanto de bagunça me deixa muito desmotivada - a mim e a milhões de jovens", lamenta. "O jovem brasileiros quer trabalhar e não tem emprego, quer estudar e não tem Enem organizado. É um cenário de sufoco para a juventude, de desespero. Parece que tudo o que a gente sonha o governo Bolsonaro, o Ministério da Educação e o Inep têm o objetivo de destruir".