Grupo antivacina é hostilizado por manifestação em posto de saúde no Rio

A criminosa campanha antivacina saiu das redes sociais e chegou às ruas. Na manhã de hoje, um grupo de cinco manifestantes estendeu uma faixa com informações falsas contra os imunizantes à frente do posto de saúde João Barros Barreto, em Copacabana, no Rio. O texto em letras grandes diz: "As vacinas das mortes súbitas e das graves reações adversas". Em volta da frase, uma coleção de imagens de fake news sobre a vacina. A desinformação é atribuída à entidade "Médicos pela vida - covid-19".

A manifestação foi hostilizada por vários passantes, que gritavam "Fora!", "Viva o SUS", chamavam os manifestantes de "mercenários" e perguntavam "quem está pagando vocês?".

Um dos mais revoltados era Márcio Antonio do Nascimento da Silva, que perdeu o filho no ano passado, morto por complicações da covid-19. "Isso é um absurdo! Respeito o direito de manifestação, mas o que eles estão fazendo é crime contra a saúde pública!", lamentou ele à coluna. "Infelizmente, estão seguindo esse presidente que nós temos [Bolsonaro]".

Márcio ficou conhecido nacionalmente ao reagir no ano passado a um homem que derrubou várias cruzes colocadas na areia de Copacabana, durante uma homenagem às vítimas da pandemia. Ele levantou uma por uma.

Por causa de sua iniciativa, ele foi um dos convidados a falar sobre sua perda na última sessão da CPI da Covid e voltou a emocionar o país.

No início da tarde, diante da reação de passantes, os negacionistas recolheram a faixa e foram embora.