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'O que vai custar Bolsonaro não reconhecer as eleições?', pergunta Randolfe
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O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) protocolou notícia-crime no Supremo Tribunal Federal (STF) porque o presidente Jair Bolsonaro desobedeceu a ordem do ministro Alexandre de Moraes para depor ontem sobre o vazamento de inquérito sigiloso da Polícia Federal. "O objetivo é provocar para saber o que o Supremo vai fazer depois que o presidente dobrou a aposta, descumprindo uma decisão judicial", explicou Randolfe à coluna. Bolsonaro tornou pública uma investigação restrita sobre o Tribunal Superior Eleitoral.
"Para quem não obedece a decisão de prestar um depoimento, o que custa em outubro Bolsonaro não reconhecer o resultado das eleições? O que custa para ele, em dezembro ou janeiro, dizer que não vai sair do Palácio do Planalto porque a eleição foi fraudada?", questiona o senador. "Se não cumpre uma decisão básica como essa, o que o obrigará a cumprir decisões mais complexas?".
Randolfe acredita o presidente raciocina como alguém fora da lei. "No Nordeste tem uma expressão para quem se comporta à margem da ordem jurídica, à margem de qualquer ordem: a gente chama de maloqueiro. Nós temos na Presidência da República um maloqueiro, um marginal, que fica à margem da lei, que esculhamba as instituições", diz ele. "Estamos chegando no momento da aposta decisiva".
Para o parlamentar, Bolsonaro nem cogita explicar o vazamento de informações da PF. "A gente tem que entender o pensamento dele, é cabeça de marginal de verdade. Pensa: 'cometi o delito mesmo, e daí, porra? Sou presidente, quem manda sou eu. Mando na Polícia Federal'", acredita o senador.
Randolfe avalia que a situação demostra uma deterioração séria do estabilishment democrático. "O Supremo tem que encontrar uma solução, promover alguma sanção. É preciso marcar novamente o depoimento dele, agilizar o inquérito, concluir o inquérito à revelia", cogita. "Alguma providência tem que ter".
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