Topo

Chico Alves

REPORTAGEM

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

Frente pelo desarmamento será instalada hoje no Senado

Senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) - Reprodução
Senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) Imagem: Reprodução

Colunista do UOL

22/03/2022 04h00

Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail

Email inválido

Baseada em projeto de resolução de autoria da senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), será instalada hoje no Senado a Frente Parlamentar pelo Desarmamento. O grupo tem o objetivo de reagir a quatro decretos do presidente Jair Bolsonaro (PL), que flexibilizam a regulamentação para posse e porte de armas e munições no país. A frente será integrada inicialmente por senadores e senadoras, mas poderá ter a colaboração de outros parlamentares e organizações da sociedade civil.

Eliziane Gama argumenta que a democracia exige um movimento pela vida e contra a violência. Ela foi uma das integrantes do Senado que recebeu ameaças por defender a rejeição das propostas feitas por Bolsonaro para facilitar o porte e a posse de armas, em especial para CACs (sigla para Colecionadores, Atiradores desportivos e Caçadores).

A polícia da Casa identificou os autores das ameaças, dois CACs. Um deles trabalha como vigilante em Alagoas e tem três armas de fogo registradas em seu nome. O outro é de São Paulo e enviou e-mails ameaçadores a Eliziane e também aos senadores Eduardo Girão e Simone Tebet.

"Algumas pessoas acham que essas ameaças devem ser ignoradas, que essas mensagens não passam de conversa de internet, mas a investigação mostrou que não é assim", comentou a senadora à coluna. "Um dos autores das ameaças é um CAC e tinha três armas. Isso mostra o grau de periculosidade dessa gente".

Para Eliziane Gama, os brasileiros não podem conviver com o terror da morte pairando sobre a sociedade.

A discussão no Senado gira em torno do projeto de decreto legislativo elaborado para tornar sem efeito os quatro decretos de Bolsonaro que ampliam o acesso a armas e munições.