Topo

Chico Alves

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Eduardo Bolsonaro afunda na infâmia ao voltar a falar de Miriam Leitão

Eduardo Bolsonaro - Reprodução/Twitter
Eduardo Bolsonaro Imagem: Reprodução/Twitter

Colunista do UOL

05/04/2022 17h07

Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail

Email inválido

O filho presidencial e deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) não se cansa de produzir infâmias. Depois da reação a sua postagem abjeta, em que ironiza a tortura sofrida pela jornalista Miriam Leitão na ditadura militar, ele volta desrespeitá-la. Duvida que ela, grávida, tenha sido colocada por seus algozes em uma sala escura onde havia uma jiboia. "Você não tem um vídeo, não tem outras testemunhas, não tem uma prova documental, não tem absolutamente nada", disse Eduardo a um canal do YouTube.

O deputado finge ignorar uma característica fundamental de todos aqueles que praticam a tortura: a covardia. Além de darem vazão a seu sadismo e perversão sobre um oponente subjugado, sem condição de reação, fazem tudo na clandestinidade. Esperar prova documental em um ambiente assim é de uma pusilanimidade atroz.

A seguir, diz que está sendo vítima "do patrulhamento do politicamente correto" desde sua postagem contra a jornalista. Está errado. O que Eduardo sofre é o repúdio de pessoas e instituições que não compactuam com sua forma degenerada de fazer política, desrespeitando a todos aqueles que identifique como adversários.

O deputado alega que há uma tentativa de silenciar os adversários políticos da esquerda. "Se tivermos espaço para falar vamos simplesmente ganhar todos os debates", afirmou. Eduardo não poderia ter pronunciado essa frase em momento menos oportuno. Há poucos dias, desafiado por Guilherme Boulos para um debate sobre as plataformas de deputados federais de São Paulo, o filho 03 correu da raia. Inventou desculpa esfarrapada para dizer que não debateria com Boulos.

Como a coluna já destacou, torturadores são covardes e seus apoiadores também. Sendo assim, nada de melhor pode-se extrair de Eduardo Bolsonaro, cuja família tem como padroeiro o mais ignóbil dos torturadores, o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, ex-chefe do DOI-CODI do II Exército.

É como diz o ditado popular: de onde menos se espera, daí mesmo é que não sai coisa nenhuma.