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Randolfe aposta no apoio popular para conquistar senadores para CPI
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Os três senadores que retiraram as assinaturas do requerimento da CPI do MEC têm sido duramente criticados em suas redes sociais. Com o recuo de Oriovisto Guimarães (Podemos-PR), Styvenson Valentim (Podemos-RN) e Weverton Rocha (PDT-MA), já não há o mínimo de 27 apoiadores para pedir a instalação da comissão, como Randolfe Rodrigues (Rede-AP) tinha anunciado na sexta-feira (9). A reação dos internautas, porém, é tida por Randolfe como um trunfo para convencer outros colegas do Senado a assinar o requerimento.
"A reação das redes sociais comprova que a CPI do MEC tem apoio popular", observou ele à coluna. "Isso não reverte a decisão daqueles que já tiraram seus nomes, mas pode encorajar novos. Nós vamos contar com isso".
O objetivo da comissão é investigar ilegalidades recentemente constatadas no Ministério da Educação, onde pastores agiam como intermediários de verbas públicas junto a prefeitos (o caso fez com que Milton Ribeiro pedisse exoneração do cargo de ministro), uma licitação de ônibus escolares foi estabelecida com preços superfaturados e a construção de novas escolas foi aprovada no ministério sem a devida dotação e com várias unidades inacabadas.
O principal alvo da ira dos internautas foi Oriovisto Guimarães. A nota publicada no Twitter em que ele explica que resolveu retirar a assinatura da comissão porque acredita que "uma CPI tão próxima das eleições acabará em palanque eleitoral" foi muito criticada. A maioria dos 9 mil comentários feitos até o fim da noite de ontem levantavam a suspeita de que o senador paranaense teria recebido algum benefício do governo para voltar atrás.
Mesmo sem fazer postagens que abordassem diretamente a desistência, Styvenson Valentim e Weverton Rocha também receberam muitas críticas, que levantaram a mesma suspeita de que teriam recebido benesses governamentais para mudar de posição.
Randolfe diz ter outros três senadores em vista para recompor o total de 27 assinaturas necessárias para requerer a CPI. Um deles é Marcelo Castro (MDB-PI), presidente da Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado.
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