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Radicalização política tira bonecos de presidentes do Carnaval de Olinda
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O clima de radicalização da política brasileira, que já afetou tantos setores da vida do país, vai provocar mudanças em um campo inusitado. Por causa da polarização, o tradicional desfile dos bonecos de Olinda, uma das principais atrações do Carnaval pernambucano, não vai ter a figura do presidente e nem dos ex-presidentes.
"A tradição dos bonecos de presidente começou em 2007, na gestão de Lula", explicou à coluna Leandro Castro, o responsável pela Embaixada dos Bonecos Gigantes. "Mas a polarização está extrema e tomou vulto maior depois da última eleição. Por isso, achamos por bem dar uma parada, não vamos sair com nenhuma figura de presidente esse ano".
A Embaixada tem um acervo de 600 bonecos e nos desfiles de segunda-feira e terça-feira de Carnaval leva para a folia cerca de 100 dessas peças.
No Carnaval de 2023 o grande destaque será a figura da Rainha Elizabeth, além de artistas populares como Alceu Valença e Sidney Magal.
No ano passado, as grandes atrações foram os bonecos de Jair Bolsonaro e Michelle. Nas redes sociais, nos últimos dias, opositores do ex-presidente têm perguntado qual seria a função das duas figuras no desfile desse ano. Agora se sabe: assim como outros presidentes, não sairão à rua.
A Embaixada dos Bonecos Gigantes recebe diariamente a visita de cerca de 300 turistas.
Castro diz que do ponto de vista da preferência política, os bonecos são apreciados pelas duas linhas ideológicas.
"Pernambuco é um estado de tendência de esquerda, onde Lula tem grande projeção. Mas recebemos turistas de São Paulo, Santa Catarina, Paraná e outros estados, 80% com perfil de direita", afirma.
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