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Juiz da Lava Jato quer audiência presencial com Tacla Duran esta semana
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O depoimento do advogado Rodrigo Tacla Duran na 13ª Vara Federal de Curitiba, que deveria ter acontecido na semana passada, será remarcado para os próximos dias e a expectativa é que ele seja feito de forma presencial. O juiz Eduardo Appio, que cuida dos processos relativos à operação Lava Jato, acredita que Tacla Duran — que envolveu o ex-juiz Sergio Moro e o ex-procurador Deltan Dallagnol em uma denúncia de extorsão e venda de decisões judiciais —, possa vir da Espanha para o Brasil esta semana, já que não há ordem de prisão preventiva contra ele.
Um dos impedimentos possíveis seria um parecer contrário à viagem pelo Tribunal Supremo de España, o equivalente ao Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil.
O advogado, que é acusado por integrantes da Lava Jato de ter praticado lavagem de dinheiro, deveria ter feito depoimento presencial como testemunha na sexta-feira (14), mas desistiu de viajar naquela ocasião porque o site do TRF4 informou que uma ordem de prisão contra ele havia sido revalidada pelo desembargador Marcelo Malucelli.
Malucelli, cujo filho é sócio de Moro e da mulher dele, Rosângela, em um escritório de advocacia, esclareceu ao Supremo Tribunal Federal que não mandou prender Tacla Duran. Ele, então, está livre para fazer participação presencial na audiência.
No depoimento que prestou no dia 27 de março ao juiz Appio, Tacla Duran, que em 2016 trabalhava para a Odebrecht, contou ter sido procurado por Carlos Zucolotto Júnior, que era sócio de Rosângela Moro, mulher do ex-juiz, com o oferecimento de um acordo para colaboração premiada. A "negociação" teria a concordância de "DD" (iniciais que remetem a Deltan Dallagnol, na época chefe da força-tarefa do Ministério Público). Segundo Tacla Duran, ele teria que pagar US$ 5 milhões "por fora".
O advogado diz que pagou US$ 613 mil como primeira parcela pela delação premiada, mas não quitou o restante. Acabou fugindo para a Europa após ter a prisão preventiva decretada por Moro.
Por envolver personagens que hoje são parlamentares - Moro é senador e Dallagnol, deputado —, a denúncia foi enviada ao STF. Por isso, em seu novo depoimento à 13ª Vara Federal de Curitiba, o advogado não poderá voltar ao assunto, já que está a cargo de instância superior.
Mas há esperança de que ele faça novas revelações de peso relativas à Lava Jato.
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