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Após evangélicos, adeptos das religiões afro mostram cânticos em shopping
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Nos últimos meses, frequentadores de vários shopping centers do Brasil se depararam com mobilizações de evangélicos expressando sua fé com cânticos e louvores. Os chamados flashmobs acontecem repentinamente e têm participação de centenas de fiéis, que gravam as cenas para divulgar nas redes sociais. Ontem, uma nova modalidade dessa expressão religiosa foi feita em um shopping do Rio — mas dessa vez com adeptos das religiões afro.
Mais de 300 pessoas da umbanda, candomblé e ifá se reuniram de surpresa no pátio do Norte Shopping, no Cachambi, zona norte carioca, para cantar músicas de terreiro na tarde de domingo.
A organização foi do cantor, compositor e escritor André Gabeh. "Vi os evangélicos ocupando os espaços, cantando os hinos deles, então falei: 'Legal, se alguns podem, todo mundo pode'. E resolvi fazer também", diz ele.
Como aconteceu nas mobilizações das igrejas evangélicas, o convite aos participantes foi feito por Facebook e por aplicativo de mensagem, o Telegram. "Três dias antes, por determinação da Justiça, o aplicativo saiu do ar e ficamos desesperados. Mas deu tudo certo", afirma Gabeh. O comediante Yuri Marçal ajudou a chamar as pessoas e esteve presente no evento.
A manifestação transcorreu em tranquilidade, não houve nenhum contratempo. Segundo o organizador, os seguranças ficaram ao redor dos manifestantes, mas foram "gentilíssimos", sem qualquer conotação de repressão.
André Gabeh pensa fazer outros eventos do tipo, desde que haja interesse de outras pessoas. Ele incentiva que adeptos das religiões afro repitam a experiência por todo o Brasil.
"As pessoas têm que ser vistas, não podemos ficar escondidos. As outras religiões estão por todos os lugares, porque nós vamos ficar confinados ao lugar do mistério, do sinistro?", questiona o artista. "A gente tem que se dar essa visibilidade, porque além de religião, essas são expressões de cultura".
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