Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Discurso de Bolsonaro é convocação indireta para guerra
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Comentei na Live UOL de sexta-feira (08) a afirmação do presidente Jair Bolsonaro (PL) de que os militares têm o compromisso de se preparar para a possibilidade de agressões internas e que não se pode comungar com uma "traição" no Brasil.
A declaração foi feita durante solenidade de entrega de espadins aos cadetes da Força Aérea Brasileira, no interior de São Paulo.
Como parte de sua estratégia populista, Bolsonaro divide a sociedade em dois campos antagônicos, explorando um discurso bélico, com termos como "morrer pela Pátria", para convocar indiretamente uma guerra de um contra o outro.
Embora as Forças Armadas não devam se submeter a vontades político-partidárias ou eleitorais, o presidente usa a presença de militares que ganharam boquinhas no governo e a subserviência dos chefes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica para injetar ainda mais veneno em sua retórica e afetar um poder militar contra quem ousar não fazer suas vontades, inclusive as urnas. Um comportamento preocupante, já que ele tem ao seu lado massas de manobra e fanáticos dispostos a agir de maneira eventualmente violenta, ao menor sinal de comando.
Na edição da Live UOL, falamos também sobre o senador Marcos do Val (Podemos-ES), que afirmou em entrevista ter recebido R$ 50 milhões em emendas parlamentares, como "gratidão" por ter apoiado a eleição de Rodrigo Pacheco; e sobre os atentados recorrentes, como a bomba jogada no evento de Lula, no Rio, que estão sendo subestimados.
Com Madeleine Lacsko, debato os principais assuntos do país diariamente, das 17h às 18h, com transmissão ao vivo nos perfis do UOL no YouTube, no Facebook e no Twitter.
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