Exportação brasileira encolheu mais que média global no terceiro trimestre
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Um levantamento publicado nesta quarta-feira pela ONU revela que as exportações brasileiras no terceiro trimestre de 2020 sofreram uma queda mais profunda que a média do comércio internacional.
Em geral, o período entre julho e setembro registrou uma queda das exportações no mundo em cerca de 4,5%. No caso do Brasil, porém, a queda foi de 7,7%. Os países ricos tiveram um resultado ainda pior, com contração de 11,5% nos EUA e 8,9% na UE.
Em parte, o que ajudou o Brasil a não ter uma queda ainda mais profunda foi o comércio de alimentos e commodities. Isso, porém, não impediu o tombo de 11% nas exportações em agosto e 9% em setembro.
Já Índia, África do Sul, Chile, Tailândia, México, Coreia do Sul e dezenas de outras economias acabaram tendo um resultado melhor. No Sudeste Asiático, a situação já se inverteu e países como China ou Vietnã ja registram altas mensais acima de 8% em suas exportações.
Leve recuperação
No terceiro trimestre do ano, a queda do comércio mundial foi de 5%. O tombo, porém, foi menor do que havia ocorrido no segundo trimestre, quando a contração foi de 19%, em comparação ao mesmo período de 2019.
Para o quarto trimestre, a previsão é contração ainda. Mas com uma taxa de queda de 3%.
Apesar do cenário menos negativo, o ano ainda não saiu do vermelho. Para a ONU, o comércio mundial deve sofrer uma queda que pode variar entre 7% e 9% em 2020.
O principal destaque, porém, é a recuperação da China. As exportações do país asiático, depois de desabar nos primeiros meses de 2020, conseguiu uma estabilização no segundo trimestre e, no terceiro trimestre, registrou uma forte alta.
Entre julho e setembro, o crescimento foi de 10%. As importações também voltaram a crescer, com taxas de 13% de aumento em setembro.
O resultado chinês acabou influenciando o desempenho médio dos países emergentes que, de uma forma geral, tiveram um tombo menos acentuado que os países ricos. Em julho, por exemplo, a contração de vendas dos emergentes foi de 6%, contra uma queda de 14% entre os países ricos.
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