Líderes mundiais reconhecem vitória de Biden; Brasil se mantém em silêncio
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Apesar de Donald Trump insistir que vai questionar o resultado da eleição, Joe Biden já vem recebendo uma enxurrada de reconhecimentos por parte de líderes internacionais. O governo brasileiro, por enquanto, tem se mantido em silêncio diante dos resultados eleitorais.
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, foi um dos principais nomes a ignorar o posicionamento de Trump, indicando seu reconhecimento em relação à vitória de Biden e apontando que os EUA são os aliados "mais importantes" do Reino Unido. Ele indicou que compartilha as mesmas prioridades do presidente eleito, como clima, comércio e segurança.
Erna Solberg, primeira-ministra da Noruega, também emitiu um claro reconhecimento da vitória de Biden, assim como o chefe de governo da Irlanda, Michael Higgins, e os líderes do Catar, Egito, Holanda ou Ucrânia.
Na América Latina, governos de diferentes posturas ideológicas também saudaram Biden, entre eles Alberto Fernández, da Argentina, e Sebastián Piñera, do Chile, e mesmo o colombiano Iván Duque.
O silêncio do Brasil foi alvo de comentários entre diplomatas nacionais e estrangeiros, muitos deles ironizando sobre como Brasília atuaria diante da derrota de seu principal aliado. Nos últimos meses, o Itamaraty abriu mão de interesses nacionais para ajudar Trump a ganhar votos, inclusive cedendo em questões comerciais de setores exportadores do Brasil.
Se Jair Bolsonaro ficou em silêncio por enquanto, o governador João Dória ou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva optaram por se pronunciar. Dória chegou a mandar uma carta para Biden, enquanto o petista declarou nas redes sociais que o "mundo respira aliviado". Lula indicou que espera que o presidente eleito "se paute por valores humanistas que caracterizaram a sua campanha".
O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, foi às redes sociais para declarar que estava "realmente ansioso para trabalhar em conjunto e desenvolver" a relação entre os dois países.
Uma das mensagens mais importantes foi a da chanceler alemã, Angela Merkel, que se recusou a aceitar o questionamento de Trump. "O público americano decidiu. Joe Biden será o 46º presidente dos Estados Unidos da América"", disse. Nos últimos dias, ela havia mandado mensagens duras contra o republicano. Por meio de seus ministros, alertou sobre o risco de uma crise constitucional e indicou que a democracia precisava de "perdedores decentes".
O presidente francês Emmanuel Macron também publicou uma mensagem no mesmo sentido: "os americanos escolheram seu presidente".
O primeiro-ministro belga Alexander De Croo, o chefe de governo da Espanha, Pedro Sanches, e a presidente da Comissão Europeia Ursula von der Leyen, além de dezenas de outros líderes locais, prefeitos e governadores, também compartilharam mensagens de apoio a Biden e indicando a vontade dos europeus de trabalhar com o novo chefe da Casa Branca.
O primeiro-ministro da Grécia, Kyriakos Mitsotakis, chegou a dizer que Biden tem sido um "verdadeiro amigo da Grécia".
Simbólica foi a declaração de um aliado de Trump, o presidente da Polônia, Andrzej Duda, que indicou que está comprometido em manter uma relação de "alto nível" e "parceria" com Biden.
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