Topo

Jamil Chade

REPORTAGEM

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

ONU pede libertação imediata de manifestantes em Cuba

11.jul.2021 - Protestos foram registrados em Havana, Cuba - Alexandre Meneghini/Reuters
11.jul.2021 - Protestos foram registrados em Havana, Cuba Imagem: Alexandre Meneghini/Reuters

Colunista do UOL

16/07/2021 04h33

Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail

Email inválido

A Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, lançou um apelo nesta sexta-feira para que o governo de Cuba liberte de forma imediata "todos aqueles que foram detidos por exercerem os seus direitos à liberdade de reunião pacífica, ou à liberdade de opinião e expressão".

"Estou muito preocupada com o suposto uso excessivo de força contra manifestantes em Cuba e com a detenção de um grande número de pessoas, incluindo vários jornalistas", disse Bachelet. "

"É particularmente preocupante que estes incluam indivíduos mantidos incomunicáveis e pessoas cujo paradeiro é desconhecido. Todas as pessoas detidas por exercerem os seus direitos devem ser prontamente libertadas", declarou.

Bachelet ainda lamentou a morte de um manifestante no contexto de protestos em Havana e pediu que haja uma investigação "independente, transparente e eficaz, e que os responsáveis sejam responsabilizados".

De acordo com a ONU, os protestos em Cuba têm lugar no contexto de uma situação econômica difícil. "Os manifestantes exigiram o fim de medidas econômicas que restringiram o acesso das pessoas a bens básicos, incluindo alimentos, medicamentos e vacinas contra a covid-19", explicou.

"Peço ao governo que aborde as queixas dos manifestantes através do diálogo, e que respeite e proteja plenamente os direitos de todos os indivíduos à reunião pacífica e à liberdade de opinião e expressão", disse Bachelet.

Ela também apelou à restauração total do acesso à Internet e aos meios de comunicação social.

A Alta Comissária reiterou o seu pedido pelo fim do embargo americano contra a ilha, dado o seu impacto negativo sobre os direitos humanos, incluindo o direito à saúde.