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OMS: ômicron pode gerar "morbidade significativa em populações vulneráveis"
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A OMS (Organização Mundial da Saúde) alerta que a variante ômicron continua representando um risco "muito alto" e sua expansão rápida pode gerar uma taxa importante de mortes entre os grupos mais vulneráveis na população de um país.
O alerta vem num momento em que governos reduzem períodos de quarentena e diante de uma percepção de que a mutação estaria gerando um impacto mais suave sobre as pessoas contaminadas.
Na semana que terminou no dia 2 de janeiro, mais de 9,5 milhões de novos casos foram registrados no mundo com a covid-19, um salto de 71% em comparação aos sete dias anteriores. Mas as mortes foram reduzidas em 10%.
O problema, segundo a OMS, é que a variante está colocando o setor de saúde de novo sob pressão. "O risco geral relacionado à variante ômicron permanece muito alto por uma série de razões", disse a OMS em um comunicado emitido nesta terça-feira. "Primeiro, o risco global da covid-19 permanece muito alto em geral. Segundo, os dados atuais indicam que a ômicron tem uma vantagem significativa de crescimento sobre a Delta, levando a uma rápida disseminação na comunidade", indicou.
De acordo com a OMS, "o rápido aumento dos casos levará a um aumento das hospitalizações, pode representar uma grande demanda para os sistemas de saúde e levar a uma morbidade significativa, particularmente em populações vulneráveis".
Esse grupo inclui pessoas acima de 60 anos, aqueles com problemas prévios de saúde e pessoas não vacinadas.
Segundo a OMS, a ameaça global colocada pela ômicron depende de quatro fatores. O primeiro deles é o grau de transmissão da variante, além de quão bem as vacinas e infecções anteriores protegem contra infecção, transmissão, doença clínica e morte.
A capacidade da ômicron de se espalhar ainda depende de como ela é comparada a outras variantes e de como as populações "compreendem essas dinâmicas, percebem o risco e seguem medidas de controle, incluindo saúde pública e medidas sociais".
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