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Missão internacional conclui que uso da urna eletrônica foi "confiável"
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Observadores internacionais que participaram do acompanhamento das eleições no Brasil, no domingo, concluíram que o uso das urnas eletrônicas foi "confiável" e elogiaram o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) pela condução do pleito no país.
Num informe apresentado nesta terça-feira, a missão de observação eleitoral internacional do Parlamento do Mercosul conduziu seus trabalhos com 15 pessoas, deslocados por cidades de três estados. Além do grupo do bloco regional, o Brasil recebeu outros observadores, como da OEA e do Carter Center.
Relatando o acompanhamento do processo, o informe do Parlamento do Mercosul chancelou a segurança do processo. "A utilização das urnas eletrônicas, nas condições observadas, revelou-se seguras e confiáveis, não suscitando reclamações e não sendo observados quaisquer inconvenientes na sua utilização", disse o informe.
No documento, os observadores ainda destacam que "o processo eleitoral foi gerido de forma profissional e eficiente".
"Desta forma, reconhece-se o papel relevante e proeminente que o tribunal e as autoridades eleitorais têm desempenhado neste processo eleitoral, distinguindo seus esforços que garantiram a segurança e a transparência das eleições", afirmou.
O grupo ainda "reconhece que os cidadãos exerceram o seu direito de voto livremente, sem qualquer inconveniente ou incidente significativo" e parabenizou "todas autoridades públicas envolvidas no esforço logístico e operacional".
"Assim, afirma que a eleição do último domingo (2), terminou de maneira exitosa, onde os brasileiros e brasileiras demonstraram uma conduta exemplar de forma pacífica e democrática", completou.
Para eles, os brasileiros compareceram às urnas de forma "ordenada, pacífica e democrática".
Na avaliação dos observadores, vale ainda destacar a "bem-sucedida realização do processo eleitoral, realizado no último dia 2 de outubro de 2022".
Um outro aspecto importante foi a capacidade de o cidadão consultar "de forma ininterrupta" a contagem e publicação dos votos, pelo site do TSE.
"A eficiência e normalidade do processo eleitoral foi corroborada. Neste contexto, é reconhecido o sucesso do TSE na organização deste processo eleitoral, que permitiu obter resultados oficiais poucas horas após o final da votação", destacou.
Desinformação
Apesar de elogiar os acordos assinados entre o TSE e as plataformas digitais com objetivo de combater a disseminação de desinformação no processo eleitoral, a missão pediu um reforço dos "mecanismos que garantam priorizar informações oficiais e mitiguem a circulação de fake news".
A missão também destacou como as medidas adotadas pelo TSE, como a proibição do uso de celular na cabine de votação e o horário unificado de votação no país, "contribuíram positivamente no desenrolar do processo eleitoral".
Filas
Assim como a missão da OEA, a equipe do Mercosul também indicou que, em algumas seções eleitorais, no momento da identificação biométrica, se geraram dificuldades na leitura da impressão digital de alguns eleitores. "Nesses casos, houve atraso na votação, ainda que pontuais, não impedindo que qualquer eleitor ou eleitora pudessem exercer o voto, uma vez que as autoridades de mesa corroboraram a todo momento", disse.
"A Missão destaca a alta afluência de eleitores, testemunhando filas em todos os locais de votação visitados pelos observadores", apontou o documento.
O grupo, porém, lamentou que as mulheres continuam sub representadas no parlamento brasileiro, ocupando a partir de 2023 apenas 18% do total de cadeiras. Ao mesmo tempo, o número de deputados negros eleitos "ainda não é representativo da diversidade brasileira, onde 56% da população se autodeclara preta ou parda".
Para o segundo turno, a missão "espera que as campanhas eleitorais contribuam com a redução da polarização social"
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