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Jamil Chade

REPORTAGEM

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Lula vence na Austrália, Coreia e Nova Zelândia; Bolsonaro vence no Japão

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) - Montagem: Ricardo Stuckert e Globo/João Miguel Júnior
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) Imagem: Montagem: Ricardo Stuckert e Globo/João Miguel Júnior

Colunista do UOL

30/10/2022 05h59Atualizada em 30/10/2022 12h19

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Longas filas voltaram a se formar nesta manhã em diversos consulados do Brasil no mundo, diante de uma participação recorde de brasileiros que vivem no exterior votando para o segundo turno das eleições presidenciais.

Na Ásia e Oceania, os primeiros resultados confirmaram as tendências no primeiro turno. Na Coreia do Sul, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu com 126 votos, contra 70 para o presidente Jair Bolsonaro (PL). Na Austrália, os dados apontam 2970 votos para Lula, contra 1688 para Bolsonaro. No consulado brasileiro em Sidney, por exemplo, Lula ficou com 61% dos votos.

Na Nova Zelândia, Lula também venceu, com 353 votos. Bolsonaro ficou com 132. O petista também saiu vitorioso em Cingapura, com 231 votos. Bolsonaro ficou com 131. Na China, a vitória também foi para Lula.

Bolsonaro venceu no Japão. Em Nagoya, o presidente ficou com 84% dos votos, cerca de 3,4 mil. Já na Indonésia, o presidente venceu com 32 votos, contra 15 para o candidato do PT.

A coluna teve acesso a boletins de urna de seções eleitorais espalhadas fora do Brasil.

Esses ainda não são os resultados oficiais, que só serão divulgados pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) a partir das 17h, junto ao restante da apuração nacional. No entanto, é praxe que os boletins sejam impressos e anexados do lado de fora das seções após o encerramento da votação.

No primeiro turno, Lula somou 138 mil votos no exterior, o que representava 47% de apoio. Bolsonaro ficou com 41%, com 122 mil votos.

A eleição no exterior, em 2022, entra para a história como o processo com a maior participação de brasileiros desde que o pleito passou a ser organizado para os nacionais pelo mundo. Estão inscritos quase 700 mil brasileiros para votar, o dobro do volume registrado em 2014.

Em locais como Lisboa, eleitores chegaram ainda no final da madrugada para fazer filas. Em Paris, ainda estava escuro quando os primeiros brasileiros começaram a formar filas para votar.

Neste ano, conforme o UOL revelou com exclusividade antes do primeiro turno, o Itamaraty reduziu o número de locais de votação, alegando que o sistema usado em 2018 de ampliar cidades com sessões eleitorais não teve uma avaliação positiva por todos os consulados do Brasil no exterior. O UOL pediu para saber quais foram os consulados que não aprovaram a iniciativa. Mas o Itamaraty jamais respondeu.

No primeiro turno, cidades como Paris, Zurique e várias outras registraram filas de até três horas, enquanto em locais como Lisboa ou Genebra, a tensão entre diferentes grupos políticos levou a troca de ofensas entre apoiadores e até mesmo a convocação da polícia.

No final da manhã, em Genebra, grupos bolsonaristas obrigaram a polícia de Genebra a intervir e desfazer o que estava sendo considerado como um potencial início de confusão.