Brasil e Espanha costuram cúpula contra extremismo e ameaças às democracias
O governo de Luiz Inácio Lula da Silva prepara, ao lado da Espanha, uma cúpula em Nova York com a meta de demostrar que os países democráticos não assistem de forma impassível ao avanço dos extremismos.
Fontes no Palácio do Planalto confirmaram ao UOL que o evento liderado por Brasil e Espanha pode ocorrer às margens da Assembleia Geral da ONU, em setembro, aproveitando que líderes de todo o mundo estarão na cidade. Tanto Lula como o chefe de governo espanhol, Pedro Sánchez, devem presidir o encontro.
A meta é convidar líderes de democracias como forma de mostrar ainda uma aliança internacional contra a extrema direita, cada vez mais organizada no cenário político mundial.
Se ainda não existe uma certeza sobre a elaboração de um comunicado final conjunto, os organizadores acreditam que será a organização da cúpula em si que manda a mensagem política de que haverá uma reação dos governos contra a violência e os extremismos políticos.
O governo dos EUA também será convidado, ainda que não se saiba se Joe Biden, em plena campanha presidencial, terá condições de estar presente.
A cúpula ocorrerá em meio ao debate sobre o atentado contra Donald Trump, no último fim de semana. A visão dos organizadores, porém, é que ele é tanto vítima como instigador dessa violência, numa referência ao seu papel incentivando os ataques contra o Capitólio, em 6 de janeiro de 2021, que deixou mortos e um questionamento sobre a solidez das instituições americanas.
Entre os temas que devem entrar na agenda. estarão o uso dos serviços de inteligência como forma de desestabilizar governos e democracias. Também estarão na pauta a máquina de desinformação e o papel das redes sociais.
Lula havia indicado que já tinha conversado com Sánchez, Olaf Scholz (Alemanha) e Emmanuel Macron (França) sobre a realização de um evento.
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