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José Roberto de Toledo

REPORTAGEM

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Por causa do debate, Bolsonaro perde até no WhatsApp

O presidente Jair Bolsonaro durante debate promovido por UOL, Band, Folha de S.Paulo e TV Cultura - Renato Pizzutto/Band
O presidente Jair Bolsonaro durante debate promovido por UOL, Band, Folha de S.Paulo e TV Cultura Imagem: Renato Pizzutto/Band

Colunista do UOL

29/08/2022 14h40

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Lula e Bolsonaro bateram seus recordes de menções no WhatsApp durante o debate entre presidenciáveis no domingo à noite. Nunca haviam sido tão citados ao longo da campanha de 2022 na plataforma de mensagens instantâneas quanto ao longo do debate promovido por UOL, Band, Folha de S. Paulo e TV Cultura.

  • No caso de Bolsonaro, foram 20% a mais de menções do que o recorde anterior, alcançado quando foi entrevistado no Jornal Nacional. Porém, a quebra de recorde não foi positiva.
  • Bolsonaro nunca recebeu tantas citações negativas no WhatsApp quanto no domingo. Foram 22% a mais que o recorde anterior.
  • No domingo, de cada 100 citações sobre Bolsonaro, 34 foram negativas e apenas 8 foram positivas. O resto foi neutro.

E daí? Durante a campanha de 2018, Bolsonaro reinou absoluto no WhatsApp, graças a disparos em massa. O que lhe faltou de tempo de propaganda na TV, Bolsonaro compensou sobrepujando os adversários no WhatsApp. Em 2022, a disputa nessa plataforma parece mais equilibrada até agora.

Os dados fazem parte do monitoramento de 14 mil grupos de WhatsApp feito pela plataforma Palver para o Tribunal Superior Eleitoral.

Segundo esse levantamento, o debate tampouco foi bom para Lula no WhatsApp. O petista não bateu recorde de menções negativas como Bolsonaro, mas teve uma proporção desfavorável nas citações: três negativas para uma positiva.

Diferentemente dos líderes nas pesquisas, os candidatos da chamada terceira via não bateram seus recordes de citação no WhatsApp durante o debate. Porém, Ciro Gomes e Simone Tebet tiveram uma proporção menor de citações negativas: 17% para ambos, cerca de metade a taxa de Bolsonaro, por exemplo.