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Toledo: Eleição no Senado pode dar poder de CPI nas mãos da oposição a Lula
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Apesar de o atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), ser o favorito para vencer as eleições que acontecem amanhã (1º), o colunista do UOL José Roberto de Toledo afirmou que, mesmo em caso de derrota de Rogério Marinho (PL), a oposição pode "ganhar" poder de CPI a depender do número de votos.
Toledo afirmou que a eleição do Senado é mais perigosa para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) do que a eleição da Câmara, uma vez que Arthur Lira (PP) já tem sua vitória consolidada e se acertou com o atual presidente antes mesmo do final da eleição presidencial.
- Os 81 senadores votam para escolher o presidente do Senado;
- 41 votos é o número mínimo necessário para um senador se tornar presidente do Senado;
- São necessárias as assinaturas de 27 senadores para que uma CPI seja instaurada.
O problema é que se a bancada da oposição mostrar que tem mais de 27 votos, ou seja, mais do 1/3 dos senadores, ela mostra que tem poder de CPI. Com 27 assinaturas eles [senadores] podem protocolar um pedido de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito e se instalado pode trazer muitas dores de cabeça para o governo e não só para o governo, pode trazer dores de cabeça, por exemplo, para ministros do Supremo. Eles podem querer fazer uma CPI do Supremo. José Roberto de Toledo
Candidato do bolsonarismo. Rogério Marinho, que já foi ministro de Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL), está trabalhando sua candidatura com a ajuda do ex-presidente e também de vários líderes da oposição. Marinho é considerado o candidato do bolsonarismo.
Força do PL e PP. Juntos o PP e o PL possuem 23 senadores, número próximo ao mínimo de 27 que é necessário para que uma CPI seja instaurada. Com os votos dos senadores do Podemos, e também parte da bancada do União Brasil, que apoia o governo Lula mas deve ter dissidentes, é esperado que Marinho obtenha mais de 30 votos.
O Análise da Notícia vai ao ar às terças, quartas e quintas, às 19h.
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