Gestão de Crivella é mais suicídio que morte natural
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Marcelo Crivella não pode ser entendido à luz dos conceitos clássicos da política. Ele introduziu uma originalidade dramática na prefeitura do Rio de Janeiro. A gestão de Crivella é mais um suicídio do que uma morte natural. É mais uma imolação do que um mandato. Crivella é movido por objetivos instintivos e paradoxais. Virou uma caricatura do bispo sensível ao drama humano. E se autoatribuiu a missão inconsciente de desnudar a ineficiência. Denuncia a incompetência cometendo-a até mesmo na área da Saúde.
Na semana passada, Crivella divulgara nas redes sociais um vídeo para negar a existência da ruína no setor de Saúde. "A crise não existe, é falsa", declarou. Descobre-se nesta terça-feira que a prefeitura decretou algo muito parecido com uma moratória. Suspendeu todos os pagamentos. Atribuiu-se a medida extrema a bloqueios feitos nas contas bancárias do município pela Justiça trabalhista, para pagar salários atrasados na folha de hospitais e postos de saúde.
Entre a negação de Crivella e a interdição dos cofres municipais veio à luz, no último final de semana, pesquisa Datafolha mostrando que 72% dos eleitores cariocas reprovam a gestão de Crivella. Para 68% dos entrevistados, a crise na Saúde, que Crivella chamava de "falsa", é o principal problema da cidade.
Até quando vai durar a moratória da prefeitura carioca? "Ainda não tenho prazo", diz o secretário municipal de Fazenda, Cesar Barbiero. "O objetivo é arrumar as contas", ele alegou. "Espero retomar tudo assim que possível". Foi empurrada para as calendas até a segunda parcela do 13º dos servidores.
A essa altura, enquanto caminha em direção ao insondável, o carioca se pergunta: Ainda estamos vivendo o caos ou já caímos no pântano? Crivella conseguiu transformar o Rio num local ideal para a construção de um paraíso na Terra. Inferno não falta.
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