Para Planalto, crise EUA-Irã afeta pouco o petróleo
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Num instante em que o mundo avalia os efeitos da escalada da crise que opõe Estados Unidos e Irã, o Planalto trabalha com a hipótese mais otimista. Avalia-se que a cotação internacional do petróleo sofrerá variações, mas não explodirá. Nessa perspectiva, a Petrobras terá de reajustar os preços dos combustíveis. Mas o impacto seria pequeno.
O otimismo do Planalto está assentado em dois elementos: 1) Aposta-se que o acirramento da tensão entre Estados Unidos e Irã não resultará na deflagração de uma guerra; 2) Diferentemente do que ocorria em crises anteriores, os americanos já não dependem do petróleo do Oriente Médio. Hoje, produzem mais óleo do que necessitam. Tornaram-se exportadores.
Recém-convertido ao catecismo liberal do ministro Paulo Guedes (Economia), Jair Bolsonaro repete desde o final de semana que não cogita intervir na política de preços da Petrobras. "Não existe interferência do governo. Não sou intervencionista", reiterou o presidente após reunir-se, nesta segunda-feira (6) com o ministro Bento Albuquerque (Minas e Energia) e Roberto Castelo Branco, o comandante da Petrobras.
Na expressão de Castelo Branco, há "total respeito à lei" de liberdade de preços. "O presidente Bolsonaro pratica isso", acrescentou o chefe da estatal petroleira. "Nunca recebi pressão para abaixar o preço de qualquer derivado de petróleo". Lorota. Em abril de 2019, o capitão brecou um aumento do diesel para fazer média com o pedaço do eleitorado que dirige caminhões. Voltou atrás depois que sua intervenção custou R$ 32,4 bilhões em valor de mercado da Petrobras.
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