Congresso empurra reformas para depois da eleição
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Contrariando apelos do ministro Paulo Guedes (Economia), a cúpula do Congresso não cogita votar em regime de urgência propostas de reformas estruturais. Alega-se que a prioridade agora é a aprovação de medidas emergenciais contra a crise provocada pelo coronavírus.
Nesta segunda-feira, ao anunciar um pacote anticrise que prevê a injeção de R$ 147,3 bilhões na economia, Guedes reiterou a necessidade de colocar para andar a agenda de reformas. Na concepção do ministro, os atores políticos de Brasília precisam "transformar crise em reformas".
Em privado, líderes partidários queixam-se de que a pregação do ministro da Economia não orna com o comportamento de Jair Bolsonaro, hostil ao Congresso. Rodrigo Maia, o comandante da Câmara, diz que o presidente precisa tomar a dianteira do processo de combate à crise, liderando-o.
Das 19 propostas de reforma que tramitam no Congresso, Guedes avalia que pelo menos três deveriam ser aprovadas antes do recesso parlamentar do meio do ano: privatização da Eletrobras; PEC emergencial, e a chamada Emenda Mansueto. Nada disse deve ser votado antes da eleição municipal.
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