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Servidores do BC se declaram 'indignados' com reajuste só para policiais
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Em carta endereçada nesta terça-feira (21) ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, 45 chefes de departamento da autarquia anotam ter recebido com "profunda estranheza e indignação as tratativas para reajustes salariais para determinadas categorias do serviço público, alijando outras." Referiam-se à previsão de reajuste dos policiais federais, incluída no Orçamento da União para 2022. Afirmam que a providência gera "evidente assimetria de tratamento."
Noutro trecho, a carta realça a insatisfação dos funcionários do BC: "Importante trazer ao conhecimento da diretoria que os servidores em geral manifestam clara e fortemente que seria um golpe muito duro, uma grande decepção, serem deixados de fora desse movimento de recomposição." A íntegra da carta pode ser lida aqui.
Incluído no Orçamento por pressão de Bolsonaro, o reajuste dos policiais federais produz algo muito parecido com um efeito dominó. Os servidores do BC reagem nas pegadas dos auditores fiscais da Receita, que ameaçam paralisar suas atividades. O ministro Paulo Guedes (Economia) alertara o presidente sobre o risco de uma escalada de reivindicações salariais. Bolsonaro deu de ombros.
O relator do Orçamento, deputado Hugo Leal (PSD-RJ), havia excluído o reajuste dos policiais do seu relatório. Deu meia-volta depois que recebeu um telefonema de Bolsonaro, que passa férias no litoral paulista. Reservou R$ 1,74 bilhão para a recomposição salarial dos policiais. A reação em cadeia não deve se limitar à Receita e ao BC. A pasta da Economia avalia que outras categorias do serviço público chiarão. O receio é o de que a chiadeira evolua para uma onda de paralisações.
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