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Sob questionamento interno, PDT formaliza candidatura presidencial de Ciro
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Ciro Gomes e o PDT dançam em Brasília nesta sexta-feira uma coreografia da enganação. O espetáculo é executado em dois movimentos. Diante dos holofotes, o partido encena o ato de lançamento do seu candidato à Presidência. Na sombra dos bastidores, a legenda se esforça para conter um movimento interno pela retirada da candidatura de Ciro.
Na prática, o balé do PDT segue o roteiro de uma realidade alternativa. Vendido como uma exibição de força política, o lançamento cenográfico de uma candidatura que dispensa formalizações é, na verdade, uma tentativa de reagir à inanição de Ciro nas pesquisas. Empurrado para o quarto lugar nas sondagens eleitorais, atrás do estreante Sergio Moro, Ciro não vem conseguindo seduzir o eleitorado.
O ato de lançamento da candidatura não altera a situação política de Ciro. Parlamentares do PDT estão preocupados com as suas próprias campanhas. Receiam dividir os recursos do fundo eleitoral com um presidenciável cuja "rebeldia" ainda não acendeu a "esperança" do pedaço do eleitorado que busca alternativas a Lula e Bolsonaro.
Se subir nas pesquisas até abril, Ciro pode silenciar o burburinho que tumultua o PDT. Se não ultrapassar Sergio Moro, a oposição interna à sua candidatura tende a migrar da cozinha do partido para as manchetes. Preocupados com a própria sobrevivência política, alguns parlamentares e candidatos do PDT a governos estaduais já oferecem palanque e estrutura para Lula nos seus estados.
Vai abaixo o clipe inaugural da campanha de Ciro. Nele, o candidato é associado a uma slogan: "A Rebeldia da Esperança". A peça foi criada pela equipe de João Santana, ex-marqueteiro de campanhas petistas. Ouve-se ao fundo uma paródia da música "Sujeito de Sorte", de Belchior.
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