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Vices de Bolsonaro e Lula sinalizam preocupação dos candidatos com centrão
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Depois que Bolsonaro sinalizou que vai mesmo rebaixar a patente do general Braga Netto, transferindo-o do Ministério da Defesa para o posto de candidato a vice de sua chapa, o PSB festejará em evento marcado para esta quarta-feira a filiação de Geraldo Alckmin, pavimentando o caminho que levará o ex-tucano à posição de vice na coligação encabeçada por Lula. Braga Netto e Alckmin não renderão votos a Bolsonaro e Lula. A escolha dos dois revela a preocupação dos líderes nas pesquisas não com as urnas de 2022, mas com o futuro Congresso.
O que inquieta Lula e Bolsonaro é o centrão. Bolsonaro tem pavor do impeachment. E faz questão de alardear os seus temores: "Tenho que ter um vice que não tenha ambições de assumir a minha cadeira ao longo de um mandato."
Lula olha para o futuro com a perturbação de quem vive a síndrome da volta ao passado. Receia cair novamente no colo de um Congresso dominado pelo grupo que apoiou os governos do PT em troca de mensalões e petrolões. Com Alckmin na vice, sonha em escorar um eventual futuro governo numa coalizão mais ampla.
De toda essa movimentação, só uma coisa é certa: alimentado por um fundão eleitoral que roça os R$ 5 bilhões e por mais de R$ 30 bilhões em emendas orçamentárias, parte delas distribuídas secretamente, o centrão continuará dando as cartas no Congresso. O futuro presidente, seja quem for, terá dificuldades para se livrar das armadilhas do grupo.
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