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Depois de matar e esfolar, PSDB inicia esquartejamento da candidatura Doria
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A cúpula do PSDB impôs ao seu presidenciável a política do "mata e esfola". Matou a candidatura de João Doria quando levou às reuniões da terceira via o nome de Eduardo Leite, derrotado por ele nas prévias partidárias. Esfolou seu candidato de 3% no instante em que o rifou numa articulação com o MDB destinada a transformar em cabeça de chapa Simone Tebet, a preferida de 1% do eleitorado. O tucanato se dedica agora a um inédito processo de esquartejamento político.
O suplício é executado com requintes de crueldade. Reunida em Brasília para decidir como Doria seria retalhado, a Executiva Nacional do PSDB optou por convidar o candidato a comparecer voluntariamente a um encontro no qual o seu cadáver político será esquartejado. Num adicional de impiedade, a autoria da sugestão coube a Aécio Neves, uma nódoa que Doria tentou sem sucesso expulsar do PSDB.
Aécio sugeriu que fossem convidados para a sessão de esquartejamento de Doria os candidatos do PSDB aos governos estaduais. Foi um cutucão em Rodrigo Garcia, o neotucano que assiste em silêncio à execução do padrinho que se tornou estorvo na corrida pelo Palácio dos Bandeirantes. É improvável que Doria compareça ao encontro do PSDB nesta quarta, como pretendiam a Executiva e Bruno Araújo, o presidente do partido.
A pesquisa encomendada pelo consórcio PSDB-MDB-Cidadania para realçar que a rejeição de Simone Tebet é menor do que a de Doria deve ser divulgada. Mas o anúncio da suposta candidatura única da terceira via será empurrado com a barriga. Doria ainda pode recorrer à Justiça Eleitoral para escorar sua candidatura numa liminar. Nessa hipótese, o PSDB submeterá o candidato-zumbi a uma asfixia monetária, fechando os cofres do fundo eleitoral. O tucanato ainda não notou. Mas espetáculo do esquartejamento tem uma aparência de suicídio.
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