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Bolsonaro e Milton Ribeiro fazem tabelinha para matar inquéritos no Supremo
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Num instante em que o Senado organiza o funeral da CPI do MEC, Bolsonaro e o pastor Milton Ribeiro fazem uma inusitada tabelinha no Supremo Tribunal Federal. O presidente recorreu contra a pretensão do ministro Alexandre de Moraes de incluir no processo sobre a suspeita de interferência política na Polícia Federal o grampo no qual o ex-ministro da Educação conta à sua filha que o presidente lhe telefonou dos Estados Unidos para alertar sobre um "pressentimento" de que haveria uma batida policial de busca e apreensão no seu apartamento. Bolsonaro alega que o caso já consta de inquérito relatado pela ministra Cármen Lúcia.
Noutro recurso, Milton Ribeiro pede a Cármen Lúcia a anulação do processo mencionado por Bolsonaro no recurso subscrito pela Advocacia-Geral da União. O ex-ministro alega que a gravação divulgada pela Folha —aquela na qual admite ter franqueado o acesso de pastores traficantes de verbas ao MEC graças a um "pedido especial" de Bolsonaro— foi obtida clandestinamente de uma fonte anônima. Nessa versão, o áudio seria uma prova ilegal. E o inquérito sobre o balcão do MEC teria de ser anulado.
Ironicamente, nem o presidente nem o ex-ministro não parecem muito interessados interessados em se defender da suspeita de corrupção. O interesse de ambos é o de matar os inquéritos.
Os dois supõem que contarão com a solidariedade de Augusto Aras, o procurador-geral que se recusa a procurar. Aras já foi instado a se manifestar nos processos.
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