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Pedido de visto torna Bolsonaro tema obrigatório da pauta de Lula com Biden
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Ao formalizar um pedido de visto de turista que lhe daria salvo-conduto para esticar sua permanência nos Estados Unidos por até seis meses, Bolsonaro como que invadiu a pauta do encontro que Lula terá com o presidente americano Joe Biden. A visita de Lula à Casa Branca ocorrerá na sexta-feira da semana que vem.
Até para virar um turista, Bolsonaro precisa de assessoria jurídica. Contratou os serviços do advogado Felipe Alexandre. Em conversa com o jornal Financial Times, o doutor declarou que a Flórida será o "segundo lar temporário" de Bolsonaro. "Neste momento, com a sua situação, acho que ele precisa de um pouco de estabilidade."
De fato, a situação de Bolsonaro é precária. Afora os processos penais que acumulou durante a sua Presidência, está com os direitos políticos por um fio nas 16 ações eleitorais que rala no TSE, foi incluído em inquérito sobre o 8 de janeiro e passou a conviver com o pesadelo de ser enquadrado no crime de genocídio contra os yanomamis.
O cerco judicial dá ao projeto de Bolsonaro de fazer turismo em terras norte-americanas por até seis meses uma aparência instantânea de plano de fuga. Há sobre a mesa de Joe Biden carta assinada por 41 parlamentares do Partido Democrata pedindo a revogação do visto de Bolsonaro.
O advogado Felipe Alexandre dá de ombros: "Se você vai expulsar alguém do país, precisa ter uma justificação jurídica." Por ora, a questão é mais política do que jurídica. Autoconvertido num problema diplomático, Bolsonaro virou tema obrigatório de Lula e Biden.
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