Vazamento faz da ação contra PM do DF um caso de polícia
Alexandre de Moraes ainda não encostou uma ordem de prisão numa farda das Forças Armadas. Mas a boa notícia é que a chegada dos mandados do ministro do Supremo Tribunal Federal aos oficiais da Polícia Militar de Brasília atenua a impressão de que o relator dos inquéritos sobre o 8 de janeiro é mais rigoroso com bagrinhos paisanos.
A má notícia é que o atual comandante da PM-DF, coronel Klepter Rosa Gonçalves, está entre os presos. O governador Ibaneis Rocha precisa explicar por que sua polícia é chefiada por um oficial que era subcomandante da corporação no dia do quebra-quebra das sedes dos Três Poderes.
A péssima notícia é que a decisão de Moraes vazou. A pedido da Procuradoria-Geral da República, o ministro expediu sete mandados de prisão e cinco de busca e apreensão. A notícia sobre a requisição foi divulgada pelo site Metrópoles às 19h27 da noite passada. Os agentes federais só tocaram as campainhas dos alvos na manhã desta sexta-feira.
Não fugiu quem não quis. Não limpou as gavetas quem é imprudente. Quem não escondeu os celulares é inocente ou bobo. O único lugar onde a notícia chega antes da operação policial é o dicionário. Quando a informação alcança os encrencados antes da chegada dos rapazes da PF, a ação policial vira caso de polícia. É recomendável abrir uma investigação para investigar o inquérito. Do contrário, o gotejamento pode levar à desmoralização.
Deixe seu comentário