Dino reforça pelotão antigolpe e abre novo polo de poder no STF
Apenas Flávio Dino sabe o que fará com o seu mandato no Supremo Tribunal Federal ao longo dos anos. Mas a nova toga chega à Corte cavalgando duas expectativas.
No Supremo, ministros que impõem penas draconianas aos réus do 8 de janeiro esperam que Dino reforce o pelotão antigolpe. Preveem que ele não deve se declarar impedido para julgar Bolsonaro e seus cúmplices mais graduados.
No Planalto, estima-se que Dino combinará seus conhecimentos jurídicos com o talento político para se tornar rapidamente um novo polo de poder na Suprema Corte, compondo uma troica com Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes.
Hoje, Lula está afinado com Moraes e Gilmar. Indicou Paulo Gonet, o preferido da dupla, para a chefia da Procuradoria-Geral da República. Mas a compreensão que vigora no Planalto é a de que Dino passará a ser o principal interlocutor de Lula no Supremo.
Convém a Dino calibrar sua atuação, pois o Supremo continua sob ataque. Do legislativo, de Bolsonaro e de suas milícias digitais. O novo ministro não deve perder de vista que os presidentes da República passam. E seu mandato dura 19 anos, até 2043.
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