Chefe da Petrobras é promovido da frigideira para o micro-ondas
Lula testa na Petrobras um novo empreendimento culinário: a cozinha coletiva. Jean Paul Prates, o presidente da estatal, vinha sendo dissolvido em banho-maria na Casa Civil de Rui Costa. Estimava-se que entraria em ebulição no final do ano.
Falando pelos cotovelos numa entrevista à Folha, Alexandre Silveira empurrou-o para dentro do óleo quente. Já bem passado, Jean Paul disse à repórter Mônica Bergamo que pediria uma "conversa definitiva" com Lula. Foi ao micro-ondas.
Jean Paul terá o pretendido encontro com Lula. Mas chegará à conversa pulverizado. Virou pó no instante em que Rui Costa, Alexandre Silveira e Fernando Haddad decidiram, numa reunião prestigiada pelo chefe da estatal com sua ausência, distribuir os R$ 43,9 bilhões em dividendos extraordinários da Petrobras que foram retidos em 7 de março.
Faltou ao chefe da Petrobras distinguir os executores do idealizador da receita. Parecem a mesma pessoa, mas não são. Informado de que Aloizio Mercadante foi sondado para ocupar o seu lugar, Jean Paul notou que Lula carbonizou-o sem tocá-lo.
O vírus do intervencionismo intoxica a Petrobras e assusta investidores. Lula dá de ombros. Aferrado a um período mesozoico que deixou na maior estatal do país um rastro ruinoso, diz que "o mercado é um dinossauro voraz".
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