Aliados esperam que a pesquisa pique Tarcísio como mosca azul
Pesquisa Quaest revela que os governos de Tarcísio de Freitas, em São Paulo, e de Romeu Zema, em Minas Gerais, obtiveram dos eleitores dos respectivos estados a mesma taxa de aprovação: 62%. O índice é superior ao atribuído à gestão Lula.
Em São Paulo, a administração Lula foi aprovada por 50% os eleitores —doze pontos abaixo da nota amealhada pelo governo Tarcísio. Em Minas, o governo Lula obteve taxa de aprovação de 52%, dez pontos abaixo da menção obtida por Zema. No Brasil, a administração é aprovada por 51%.
Tarcísio e Zema disputam o espólio de votos de um Bolsonaro inelegível. Ambos são vistos como alternativas conservadoras para um eventual embate com Lula na corrida presidencial de 2026.
Queridinho da direita, Tarcísio garante que disputará a reeleição em São Paulo. O bolsonarismo, porém, enxerga pesquisas como a da Quaest como uma mosca. Avalia-se que ela nem precisa ser azul. Basta que seja mosca para que Tarcísio seja picado pela ambição presidencial.
Outros dois governadores bolsonaristas ficaram mais bem-postos do que Lula nos seus Estados. Em Goiás, a gestão de Ronaldo Caiado obteve índice de aprovação 86%, contra 49% atribuídos ao governo Lula. Diferença de 37 pontos. No Paraná, o governo de Ratinho Júnior, aprovado por 79%, ficou 35 pontos acima dos 44% obtidos pela gestão Lula.
Caiado e Ratinho também sonham com o Planalto. Mas o senador Ciro Nogueira, ex-ministro de Bolsonaro e presidente do PP, afirma que a política tem fila. E Tarcísio, como governador de São Paulo, ocupa o primeiro lugar na fila do bolsonarismo.
Opinião
Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.
Deixe seu comentário