Josias de Souza

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Opinião

Lula roda filme antigo e ruim na Petrobras

Lula trocou Jean Paul Prates por Magda Chambriard no comando da Petrobras porque quer reativar antigos projetos. Isso inclui a retomada da refinaria pernambucana de Abreu e Lima e do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro. Inclui também a construção de navios e plataformas em estaleiros nacionais.

Todas essas iniciativas exalam um aroma forte de naftalina. Lula roda um filme concebido no seu primeiro mandato. Ganhou impulso no segundo reinado petista. Deu em corrupção e prejuízo. Sob Dilma Rousseff, a crise na Petrobras forneceu a nitroglicerina que compôs a explosão do impeachment.

Na aparência, Jean Paul Prates caiu em desgraça por defender a distribuição de metade dos R$ 43,9 bilhões de dividendos extras da Petrobras. Lula dizia que a estatal deve servir ao povo, não aos dinossauros do mercado.

Fernando Haddad mostrou a Lula que os interesses do povo seriam mais bem atendidos se a fatia do bolo de petrodividendos pertencente à União chegasse rapidamente aos cofres do Tesouro. Os dividendos foram, afinal, distribuídos.

Restou a percepção de Lula de que Jean Paul rebarbava as prioridades do Planalto. Lula definiu 2024 como tempo de semeadura do seu terceiro mandato. Na Petrobras, o presidente age como se desejasse colher bons frutos de uma horta amaldiçoada. Trata erva daninha como se fosse uma planta de virtudes incompreendidas.

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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