Banco de tempo pode ser arma ou armadilha para debatedores
A fórmula do "banco de tempo", adotada no debate UOL-Folha, impõe aos candidatos à prefeitura de São Paulo um novo desafio. Ricardo Nunes, Guilherme Boulos, Pablo Marçal e Tabata Amaral serão donos dos seus próprios cronômetros.
Marcado para a manhã desta segunda-feira, o debate terá quatro blocos —dois com perguntas entre os contendores, dois com indagações de jornalistas. Cada candidato disporá de um total 20 minutos, pondendo utilizá-los como bem entender.
Os debatedores terão liberdade para intervir mesmo quando as peguntas forem direcionadas aos rivais. Bastará acenar com a mão. Bem administrado, o relógio pode ser um ativo. Mal gerido, também pode resultar em prejuízos incontornáveis.
Nesse jogo, um candidato perdulário se arriscará a chegar ao final do debate sem fundos, tornando-se um alvo indefeso. O tempo de um minuto previsto para as considerações finais pode ser insuficiente para eventuais contragolpes.
Para a plateia, o banco de tempo é um inegável atrativo, pois favorece o dinamismo do debate. Para os candidatos, pode ser arma ou armadilha. Ficará entendido que alguém que não dispõe de inteligência emocional para gerir o próprio relógio talvez não tenha capacidade para administrar a prefeitura da maior e mais rica cidade do país.
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