PCC pode ter até R$ 500 mi bloqueados após apreensões em Santos (SP) e MS
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Operações recentes coordenadas pela PF (Polícia Federal) representaram um duro golpe contra o PCC (Primeiro Comando da Capital), pois um total de R$ 500 milhões pode ser bloqueado, além das apreensões de automóveis de luxo e a identificação de imóveis de alto padrão e empresas criadas para a lavagem de dinheiro da facção criminosa.
As investigações indicam ainda que o Mato Grosso do Sul, por causa da fronteira com o Paraguai e Bolívia, países de onde saem a maconha e cocaína comercializadas pelo crime organizado, e a cidade de Santos (SP), sede do maior porto da América Latina, de onde a droga é exportada para a Europa, são os principais redutos do PCC na atualidade.
Nesta segunda-feira (31), na operação Caixa Forte - Fase 2, a PF pediu à Justiça o bloqueio de R$ 252 milhões. Foram expedidos 422 mandados de prisão preventiva e 201 de busca e apreensão em 19 estados e no Distrito Federal.
Outra operação, batizada de Pavo Real, foi deflagrada no último dia 27 em quatro estados (Rondônia, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Santa Catarina). Foram cumpridos 16 mandados de prisão e 67 de busca e apreensão.
Dessa vez o alvo foi o sul-mato-grossense Jarvis Chimenez Pavão, apelidado de Pavo Real (nome da operação da PF) e conhecido como o "senhor das drogas" por comandar o tráfico internacional de drogas na fronteira do Brasil com o Paraguai.
Pavão já estava preso na Penitenciária Federal de Brasília. A Justiça Federal determinou o bloqueio de R$ 300 milhões das contas bancárias de 96 investigados ligados a ele.
As investigações apontaram que Pavão, mesmo atrás das grades, comandava um esquema de lavagem de dinheiro graças ao lucro com o narcotráfico. Parentes do criminoso foram presos.
R$ 4 milhões apreendidos em Santos (SP)
Segundo policiais, em Santos (SP), agentes apreenderam R$ 2 milhões e US$ 730 mil (cerca de R$ 4 milhões) em um imóvel relacionado ao traficante Moacir Levi Correia, o Bi da Baixada.
Condenado a 29 anos por duas tentativas de homicídio, Correia foi colocado em liberdade em 18 de outubro do ano passado, quando saiu pela porta da frente da Penitenciária Federal de Porto Velho.
Ele já cumpriu pena na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau (SP), onde a principal liderança do PCC ficou recolhida até fevereiro de 2019, quando foi transferida para presídios federais.
Agentes da PF também apuraram na operação Caixa Forte - Fase 2 que o chileno Maurício Hernandes Norambuena, sequestrador do publicitário Washington Olivetto em 2001, recebia uma espécie de "pensão" do PCC.
Norambuena também ficou preso com líderes do PCC durante 17 anos e teria ensinado aos integrantes da facção criminosa seus conhecimentos sobre sequestros e ações terroristas. Ele foi extraditado em agosto do ano passado.
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