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Mais um membro da cúpula do PCC deixa presídio federal de Brasília
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O preso Patric Velinton Salomão, 41, o Forjado, recolhido na Penitenciária Federal de Brasília, vai ser devolvido nesta sexta-feira (18) para a Secretaria SAP (Estadual da Administração Penitenciária) e deve ser colocado em liberdade nas próximas horas. Forjado é o segundo preso da alta cúpula do PCC (Primeiro Comando da Capital) a deixar o presídio federal pela porta da frente.
O primeiro foi Francisco Antônio César da Silva, o Piauí. Ele deixou a Penitenciária de Catanduvas (PR) em 9 de setembro do ano passado.
O desembarque de Forjado estava previsto para as 12h15 de hoje no aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo. Ele chegaria em um voo da Latam, procedente de Brasília, sob forte escolta de agentes do Depen (Departamento Penitenciário Nacional).
Autoridades da SAP ficaram de buscar Forjado no aeroporto, também acompanhadas de forte aparato policial. Ele será levado provisoriamente para uma unidade prisional de São Paulo. Depois disso, deverá assinar o alvará de soltura e sairá em liberdade.
O preso tinha uma condenação total de 15 anos e 10 meses de prisão. No boletim informativo dele, elaborado pela SAP, consta que a "cadeia" do prisioneiro venceria em 14 de setembro de 2023. Porém, como ele fez cursos e estudou na prisão, teve alguns dias descontados na pena.
No mês passado, a Justiça absolveu Forjado das acusações de associação à organização criminosa e lavagem de dinheiro. Ele e outros 19 réus foram denunciados pelo Ministério Público do Estado de São Paulo por integrar o PCC e ocultar a movimentação de R$ 1 bilhão da facção no período de janeiro de 2018 a julho de 2019.
Junto com Forjado foi absolvido o preso Wagner Rodrigo dos Santos, 43, o Branquinho. Os processos envolvendo os demais réus foram desmembrados e continuam tramitando em fase final na 1ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores da Capital.
O juiz Thiago Baldani Gomes De Filippo entendeu que não há no processo elementos seguros para imputar a responsabilidade penal ao réu. O magistrado expediu alvará de soltura em favor de Forjado.
O prisioneiro deveria ser libertado imediatamente, por determinação do juiz, em 25 de janeiro deste ano, mas o alvará de soltura não foi cumprido. Ele permaneceu mais duas semanas recolhido na Penitenciária Federal de Brasília.
Forjado respondia a processo na 1ª Vara Criminal de Barueri, na Grande São Paulo, por uma acusação de homicídio. Ele nem chegou a ser pronunciado (levado a júri). Foi absolvido. Porém, o alvará de soltura em favor do preso não constava no sistema do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.
Para o Ministério Público Estadual, Forjado é integrante da sintonia final - a alta cúpula do PCC. Para os advogados do preso, o cliente é inocente das acusações de associação à organização criminosa, lavagem de dinheiro e não pertence a nenhuma facção.
O presidiário estava em penitenciária federal desde fevereiro de 2019, quando o governo do estado de São Paulo, a pedido do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e de Combate ao Crime Organizado), de Presidente Prudente, transferiu 15 integrantes da alta cúpula do PCC para presídios federais, administrados pelo Depen.
Os presos cumpriam pena na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau (SP) e foram removidos, de acordo com o Gaeco, por causa de um plano de resgate envolvendo a liderança do PCC naquela unidade. Para os advogados dos detentos, esse plano é uma ficção e nunca existiu.
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