Josmar Jozino

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PF prende em Ponta Porã chefe de 'clã' do tráfico ligado ao PCC e a doleiro

A Polícia Federal prendeu nesta terça (20), em Ponta Porã (MS), na fronteira com o Paraguai, o pecuarista brasileiro Antônio Joaquim da Mota, o "Tonho", apontado como líder do "clã Mota" um dos principais cartéis de drogas em operação no Brasil.

O clã Mota é apontado como um dos maiores fornecedores de cocaína para integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital) de Mato Grosso do Sul e de São Paulo.

Segundo a PF, Tonho era procurado desde dezembro do ano passado e já esteve preso outras vezes pelos crimes de posse e tráfico de arma de fogo, tráfico de drogas e organização criminosa. Ele foi levado de helicóptero para a Penitenciária Federal de Campo Grande (MS).

Mota é pai de Antonio Joaquim Mendes Gonçalves da Mota, o "Dom" ou "Motinha", outro integrante do clã, que está foragido e teve o nome incluído na difusão vermelha da Interpol (Polícia Internacional).

A reportagem não conseguiu contato com os advogados de Antônio Joaquim da Mota e dos familiares dele. O espaço continua aberto para manifestações.

Outras operações

Motinha foi alvo da Operação Magnus Dominus, deflagrada pela PF em 30 de junho do ano passado, para tentar desmantelar um grupo de mercenários responsáveis pela segurança dele.

Entre os envolvidos estavam paramilitares estrangeiros e um policial militar do DOF (Departamento de Operações de Fronteira). Motinha foi avisado sobre a operação e conseguiu fugir usando um helicóptero.

O pai dele não foi alvo da PF naquela ocasião. Tonho, porém, era investigado há anos por envolvimento com o tráfico internacional de drogas. Segundo agentes federais, ele é empresário e um dos maiores criadores de gado na região da fronteira.

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Policiais federais disseram ainda que Tonho era ligado ao doleiro Dario Messer, um dos presos no âmbito da Operação Lava Jato.

Tonho chegou a ser preso em 2019, durante a Operação Patrón, junto com o filho e a esposa Cecy Mendes Gonçalves da Mota. A família foi apontada como suspeita de lavagem de dinheiro em investigação desmembrada da Lava Jato.

Um ano depois, agentes federais cumpriram mandado de busca e apreensão na mansão do clã, dessa vez durante a operação Hélix, que investigava o tráfico internacional de cocaína. De acordo com os agentes a droga era transportada em helicópteros.

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