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Criar fatos como apoio de Marina é mais produtivo para voto útil, avalia PT
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O apoio da ex-ministra Marina Silva à candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é visto pelo PT como a forma mais produtiva de atrair o voto útil na reta final do primeiro turno.
O PT estuda repetir atos parecidos com outras figuras políticas, como os ex-ministros Henrique Meirelles, que foi candidato pelo MDB a presidente em 2018, e Aloysio Nunes Ferreira, tucano histórico que hipotecou apoio a Lula no primeiro turno.
Lula e o PT têm falado, especialmente nas redes sociais, sobre arrumar votos para tentar uma vitória na primeira etapa, mas essa abordagem sempre rende um ataque duro do candidato Ciro Gomes (PDT).
Para atrair eleitores de Ciro, seria mais produtivo criar fatos políticos parecidos como o apoio de Marina a Lula. Após anos de rompimento, a ex-ministra declarou voto no ex-presidente por considerá-lo o candidato com maior chance de derrotar Bolsonaro.
O PT também aposta num movimento de voto útil de artistas. Um exemplo citado é o do músico Tico Santa Cruz. Santa Cruz é eleitor de Ciro, mas sinaliza mudar seu voto para Lula a fim de derrotar Bolsonaro.
Injeção de ânimo
A campanha do PT diz que a última pesquisa Ipec trouxe ânimo na reta final, dando mais confiança à estratégia adotada até agora. A pesquisa mostrou Lula perto de vencer no primeiro turno e o presidente Jair Bolsonaro com teto baixo e dificuldade de crescimento.
Essa notícia acalmou o PT e reforça a estratégia de continuar a priorizar aumentar rejeição de Bolsonaro ou mantê-la em patamar elevado. O partido considera que a campanha entrará em fase mais sangrenta nas próximas duas semanas e que será preciso rebater os ataques de Bolsonaro.
Ponto fraco
A peça da campanha do PT sobre os imóveis comprados com dinheiro vivo pela família Bolsonaro é considerada um acerto estratégico. O caso, que sugere corrupção, é de fácil entendimento pelo povo. Esses temas foram abordados no Radar das Eleições, programa do UOL sobre a campanha eleitoral.
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