Malafaia alerta Bolsonaro sobre risco de perder liderança na direita
As críticas públicas do pastor Silas Malafaia contra Jair Bolsonaro (PL), feitas em uma entrevista à colunista Monica Bergamo, da Folha de S.Paulo, demonstram que a liderança da direita e extrema direita não é cativa, e que há riscos do ex-presidente perder sua posição, avaliou Kennedy Alencar durante o Análise da Notícia desta terça-feira (8).
Na entrevista, Malafaia chama Bolsonaro de covarde, o acusa de ser omisso na campanha pela reeleição de Ricardo Nunes (MDB) na capital paulista e o critica por não se distanciar por completo de Pablo Marçal (PRTB), que ficou em 3º lugar na disputa.
É um alerta sobre o risco de Bolsonaro perder a liderança sobre a direita e a extrema direita. Uma figura como Marçal é muito mais de extrema direita, e Marçal mostrou que elas não são cativas do Bolsonaro.
Para o colunista, ao menos quatro recados foram passados por Malafaia:
O primeiro e principal recado: fique ligado, fique alerta porque essa dubiedade em relação aos seus aliados pode estimular novas alianças a tentar tomar o seu lugar [de Bolsonaro].
Segundo recado: é dar uma sacudida, não é romper. É falar assim: ainda estou com você, mas fique alerta.
Terceiro recado: uma mágoa grande na disputa com Marçal. Desde o 7 de setembro, na avenida Paulista, em que Marçal atribuiu o veto a subir no caminhão ao Malafaia, [...] o Marçal pede perdão, e o Malafaia fica brigando com ele. Acho que tem uma mágoa grande do Malafaia com o Marçal.
Quarto recado: se o Bolsonaro não entrar na campanha do Nunes, o crédito de uma eventual vitória ficará só com Tarcísio de Freitas. O Malafaia deixa claro que se Bolsonaro ficar inelegível em 2026 — não vejo nenhuma possibilidade de uma anistia prosperar, nem do TSE ou Supremo rever a inelegibilidade de Bolsonaro —, o líder tem que ser o Tarcísio.
Kennedy também elenca mais um ponto, embora "lateral": para Guilherme Boulos (PSOL), que disputa o segundo turno com Nunes, pode ser bom que Bolsonaro se aproxime do prefeito na reta final —já que o eleitorado de São Paulo ainda pode manter a rejeição que teve ao ex-presidente em 2022.
O Análise da Notícia vai ao ar às terças e quartas, às 13h e às 14h30.
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Veja abaixo o programa na íntegra:
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