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Madeleine Lacsko

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Haddad incorpora Paulo Guedes com discurso vago em Davos

Colunista do UOL

17/01/2023 17h58

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Na Live UOL, desta terça-feira (17), comentei a participação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça.

Em um discurso de muitas promessas, mas pouca concretude, o ministro garantiu que é possível zerar o déficit nas contas do governo em até dois anos, disse que um dos focos de sua equipe será uma agenda de crédito para consumidores negativados e que, entre outras metas, estão a valorização do salário mínimo, o estímulo a investimentos e a ampliação do comércio entre os países da América do Sul.

Segundo Haddad, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem quatro obsessões a ser levadas para a mesa de discussões do G20: a questão da paz, o fim da desigualdade, a questão ambiental - que segundo ele teria alcançado um novo patamar para Lula - e a democracia.

Com seu discurso vago, Fernando Haddad parece ter incorporado, em Davos, o ex-ministro da Economia do governo Bolsonaro, Paulo Guedes —chamado por alguns de vendedor de sonhos.

Sem propostas e projetos detalhados, a falta de objetividade do petista não chega a causar tanta surpresa, já que Economia foi um tema deixado de lado por uma campanha eleitoral que esteve mais preocupada com temas religiosos, como satanismo e ocultismo.

A única coisa que Haddad pode fazer, neste momento, é apelar mesmo para a estupidez nacional, para o "nós contra eles", o "ricos x pobres", arrastando com a barriga até que sua equipe técnica faça propostas mais concretas. Uma saída inteligente em um país com vocação para ser feito de otário.

Com Felipe Moura Brasil, debato os principais assuntos do país diariamente, das 16h às 17h, com transmissão ao vivo nos perfis do UOL no YouTube, no Facebook e no Twitter.